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SISTEMA IMUNOLÓGICO COLEÇÃO SUPER INTERESSANTE -01

SISTEMA IMUNOLÓGICO COLEÇÃO SUPER INTERESSANTE -02

SISTEMA IMUNOLOGICO  COLEÇÃO SUPER INTERESSANTE PARTE 03

 

nature

02/09/2010

às 22:00 Sem categoria

As células-tronco têm memória

Na semana passada, eu contei o resultado de nossas pesquisas mostrando que células-tronco de tecido adiposo têm mais “vocação” para se diferenciar em células musculares do que as retiradas de cordão umbilical. Mas só descobrimos isso quando injetamos as células em modelos animais. Quando cultivadas em laboratório, elas pareciam igualmente dispostas a se diferenciar em músculo. Parece que isso também ocorre com as famosas células IPS – do inglês induced pluripotent stem-cells. Um trabalho recente publicado na revista Nature pelo grupo liderado pelo pesquisador George Daley mostrou que em camundongos as células IPS também têm memória.

Células IPS
Recordando, as células IPS foram descobertas em 2007 pelo pesquisador japonês Shynia Yamanaka. São células adultas reprogramadas que seriam potencialmente iguais as embrionárias. Se comprovado, isso evitaria toda a polêmica ética relacionada à destruição de embriões. Mas será que elas são mesmo iguais às embrionárias, aquelas obtidas de embriões congelados que sobram em clínicas de fertilização? Esse foi o tema de um debate muito interessante em São Francisco, por ocasião de um congresso internacional sobre células-tronco. O pesquisador japonês mostrou o avanço de suas pesquisas e a possibilidade de conseguir células IPS que seriam aparentemente iguais às embrionárias e não teriam o risco de formar tumores.

Um banco de células IPS
O Dr. Yamanaka estava tão entusiasmado com suas células que propôs a criação de um banco de células IPS. Na população japonesa seria muito mais fácil ter uma coleção que fosse compatível com a maior parte da população do que no Brasil com nossa imensa variabilidade étnica. Se confirmada a possibilidade de fazer qualquer tecido a partir de uma célula IPS criar bancos como esse seria fantástico. Fiquei imaginando o futuro. Você iria lá, identificaria a linhagem compatível com você e poderia encomendar qualquer órgão: um fígado, um rim, um coração. Seria como um carro repondo as peças que não funcionam. Mas ainda não chegamos lá.

Qual é a dificuldade?
Na prática parece que a teoria é outra. As células IPS são realmente iguais as embrionárias? Foi o título da palestra de George Daley antecedendo a sua publicação na revista Nature. Realmente, quando cultivadas em laboratório, as células IPS parecem ter o mesmo potencial para formar qualquer tecido. Mas quando injetadas em modelos animais, não é bem assim. Elas guardam a memória de onde foram retiradas e tem um potencial maior para se diferenciar no tecido de onde se originaram.

Ainda precisamos estudar as embrionárias
Isso comprova que, apesar dos grandes avanços, ainda precisamos estudar as embrionárias. Elas vão ser testadas em ensaios clínicos, pela primeira vez, em lesionados medulares, após a recente aprovação pelo FDA. Por isso, é incompreensível a nova proibição de um tribunal americano contra essas pesquisas. Esperemos que o bom senso prevaleça e que seja possível reverter essa ação.


Por Mayana Zatz

Ciência

Cura de leucemia em menino com 'poucas semanas de vida' intriga médicos

Harden e a mãe, Claire

Desaparecimento de câncer em Harden intrigou médicos e alegrou pais

Após lutar contra a leucemia ao longo de dois dos seus três anos de vida, Jordan Harden não parecia mais responder ao tratamento. Os médicos então jogaram a toalha e lhe deram algumas semanas de vida.

Moradores de Wishaw, no sul da Escócia, os pais do garoto, Gary e Claire, resolveram levá-lo à Disney em Paris, para que Jordan aproveitasse os seus últimos dias. Pouco antes de partirem, porém, receberam uma ligação do hospital e ouviram uma notícia que os deixou entre eufóricos e perplexos: o último exame do garoto revelava que a doença havia desaparecido completamente.

Hoje, 18 meses depois, Jordan frequenta a escola e leva uma vida normal, como a de qualquer outro garoto saudável de 5 anos de idade.

A história, narrada no último domingo pelo jornal britânico Daily Mail, intrigou médicos e jogou luz sobre os misteriosos motivos que podem fazer com que um câncer desapareça a partir da reação do sistema imunológico do próprio doente.

Regressão espontânea

Em entrevista à BBC Brasil, Jacques Tabacof, diretor do Centro Paulista de Oncologia, diz que casos como o do garoto escocês são extremamente raros, principalmente se levado em conta o tipo de câncer que o acometia. Jordan tinha leucemia linfoide aguda, câncer caracterizado pela produção maligna de linfócitos (glóbulos brancos) na medula óssea.

No entanto, Tabacof diz que em outros tipos da doença, como os linfomas (cânceres do sistema linfático) de evolução mais lenta, pode haver regressão espontânea dos tumores em até 20% dos casos.

"Como esses tumores geralmente ocorrem em pessoas mais velhas, que muitas vezes já têm outras doenças, podemos não recomendar a quimioterapia imediatamente. Vamos então monitorando o paciente, já que o tumor pode regredir."

Mas Tabacof também já acompanhou casos mais surpreendentes de regressão espontânea, como o de uma paciente que sofria de um linfoma de pele. A doença, conta o médico, provocava coceiras tão intensas que ela pensava em se matar.

"Ela passou por muitos tratamentos, sem resultados consistentes. Até que teve uma melhora que não podia ser atribuída a nenhum tratamento e acabou se curando."

Imunoterapia

"Ninguém sabe bem por que e como esses casos ocorrem", diz à BBC Brasil Caetano Reis e Sousa, pesquisador do centro de estudos britânico Cancer Research UK. No entanto, diz ele, histórias como a de Jordan indicam que existe a possibilidade de criar tratamentos contra o câncer estimulando reações imunológicas nos doentes.

A imunoterapia, como foi batizada a técnica que segue essa premissa, é um dos campos de pesquisa de Reis e Sousa. Ele conta que um método atualmente em fase de testes consiste em gerar infecções intencionais para acionar a defesa natural do corpo.

Por meio dessa técnica, bactérias são conectadas a células cancerosas do paciente em laboratório, no intuito de sinalizá-las como inimigas para o sistema imunológico.

Normalmente, nossa autodefesa detecta e destrói células anormais. O câncer surge quando essas células, por serem bastante semelhantes às normais, passam despercebidas pelo sistema.

Espera-se que em breve os testes ocorram em pessoas.

Anticorpos de laboratório

Enquanto isso, segundo Tabacof, já há um método de imunoterapia adotado em larga escala mundialmente – inclusive no Brasil.

Ele consiste em aplicar no paciente anticorpos fabricados em laboratório e costuma ser usado paralelamente a outros métodos, como a quimioterapia. O médico diz que a modalidade apresenta bons resultados principalmente contra linfomas e cânceres de mama, intestino e pulmão.

Em comparação com a radio e a quimioterapia, o método provoca efeitos colaterais menos intensos e combate a doença de maneira mais específica.

Enquanto os pesquisadores tentam desvendar os mecanismos por trás de regressões espontâneas como a do garoto Jordan, a imunoterapia vai ganhando espaço e desponta como uma das frentes mais promissoras nos estudos sobre a cura do câncer.


VACINA PARA CANCER DE MAMA É TESTADA COM SUCESSO EM RATOS

Fonte: BBC Brasil

Surgiu recentemente um spam na internet dizendo que existe e está disponível vacina contra cancer de mama. Este texto é para corrigir tal afirmativa. Veja esta matéria publicada pela BBC Brasil.

Mamograma

Cientistas americanos dizem ter desenvolvido uma vacina que impediu o desenvolvimento do câncer de mama em ratos.

Os pesquisadores planejam agora fazer testes da droga em humanos.

Eles avisam, no entanto, que pode levar alguns anos até que uma vacina esteja disponível para o público.

O imunologista que chefiou a pesquisa, Vincent Tuohy, do Cleveland Clinic Learner Research Institute, disse que a vacina age em uma proteína encontrada na maioria dos tumores da mama.

"Acreditamos que esta vacina será usada um dia para prevenir o câncer de mama em mulheres adultas da mesma forma como vacinas vêm impedindo muitas doenças da infância", disse Tuohy.

"Se (a vacina) funcionar em humanos da mesma forma como em ratos, vai ser monumental. Poderíamos eliminar o câncer de mama".

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Medicine.

Desafio

No estudo, ratos com grande probabilidade genética de desenvolver câncer de mama foram vacinados.

A metade recebeu vacinas contendo a droga a-lactalbumina, a outra metade foi vacinada com uma droga que não continha a substância.

Nenhum dos animais vacinados com a-lactalbumina desenvolveu o câncer da mama. Todos os outros ratos apresentaram a doença.

Os Estados Unidos aprovaram duas vacinas para a prevenção do câncer, uma contra o câncer do colo do útero e outra contra o câncer do fígado.

Entretanto, essas vacinas atuam em vírus - o vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) e o vírus da hepatite B (HBV) - e não na formação do câncer.

Câncer é um crescimento desordenado de células do corpo. Por isso, ao contrário de um vírus, não é reconhecido pelo organismo como um invasor ou um corpo estranho.

Isso dificulta a criação de uma vacina preventiva. Vacinar o corpo contra o crescimento excessivo de células significa vacinar o paciente contra seu próprio organismo, provocando a destruição de tecidos saudáveis.

Futuro

Caitlin Palframan, representante da entidade beneficente Breakthrough Breast Cancer, disse que o estudo pode ter implicações importantes na prevenção contra o câncer de mama no futuro. "Entretanto, o estudo está em fase inicial e nós aguardamos com interesse os resultados de experimentos em grande escala para verificar se essa vacina seria segura e efetiva em humanos", acrescentou.

Ela disse que há medidas que mulheres podem adotar para reduzir os riscos do câncer da mama, entre elas, diminuir o consumo do álcool, manter um peso saudável e fazer exercícios regulares".